Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei.
Você é perua? A pergunta interrompeu minha frescura e um pouco de nojo e eu respondi, orgulhosa dos cravos dele: claro que não.
Ele me pediu desculpas e eu quis socar o nariz dele.
Concordamos que o vício pela paixão era estúpido e que conviver solitariamente com nosso umbigo era desumano.
O carinho dele partia do meu antebraço para as mãos, como se escorresse do meu coração e não mais o enchesse.
Ele saiu do carro envolto numa atmosfera de cervejas e fumaças já digeridas e outros tantos desejos que não iríamos mais digerir.
Sempre que meu cabelo fica cheirando comida bochecho com shampoo e saio pra vida. Não existe perfeição, mas vale a pena tentar o equilíbrio.
Tati Bernardi
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